Abriu-se a caixa de Pandora do novo ano. Longe da unidimensionalidade negativa que o artefato mitológico grego original carregava consigo, esta caixa chamada 2020 abre-se com esperanças renovadas, propósitos reforçados, inovação e um piscar de olho cada vez mais intenso a um futuro que, mais do que viver na ilusão da concretização, faz-se acontecer no presente. Uma delas é o comércio electrónico, vulgo E-COMMERCE Software.
Sem necessidade de se aventurar na procura de um espaço físico e pagar a devida renda, o empreendedor da segunda década do séc. XXI vira agulhas para o digital e para as inúmeras potencialidades que ele lhe propicia. Baptizado de e-commerce, este modelo de negócio, que assenta arraiais na Internet, tem crescido vertiginosamente por todo o mundo, com cada vez mais consumidores a optarem por adquirir os seus bens/serviços através deste meio devido à rapidez e conforto que lhes oferece.
O e-commerce inclui a comercialização de produtos e serviços através da internet, onde as transações são realizadas via dispositivos eletrónicos, como os smartphones ou os computadores.
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O comércio eletrónico mundial continua em crescimento vertiginoso. A fazer fé nas estimativas que apontam para uma subida de 23% em 2018 face ao ano anterior, o e-commerce assume-se, já hoje, como um dos principais sectores relacionados com o consumo individual e o seu peso na economia, ao que tudo indica, deverá continuar a aumentar. Como veremos de seguida, esta tendência não passa ao lado do nosso país.
Com o passar do tempo os Portugueses utilizam cada vez mais o e-commerce como método de compra e estão cada vez mais confiantes nas compras que realizam online. Para que isso aconteça, os vendedores online devem oferecer cada vez mais soluções de conveniência através da internet. Estas soluções de conveniência assentam no fornecimento de uma melhor experiência ao longo da jornada de compra online do consumidor, que inclui a pesquisa, a compra e a pós-compra dos produtos.
O volume de negócios associado a comércio electrónico, em Portugal, registou um crescimento de 11,6% para mais de 2.600 milhões de euros, este ano. Os números são do Statista, portal online alemão especializado em dados estatísticos e que aponta para cerca de sete milhões de portugueses a fazer compras em plataformas de e-commerce – perto de mais 4% do que em 2018.
No mesmo portal, citado pela consultora Minsait, é previsto um volume de negócios superior a 3,670 milhões de euros, em Portugal, em 2023. «O contexto tecnológico prevê para todos os atores envolvidos no comércio digital um cenário muito estimulante, transformando os negócios com novas oportunidades para os vendedores e proporcionando ferramentas e experiências mais inovadoras para os clientes», sublinha Jorge Gonçalves, diretor da unidade de Indústria da consultora em Portugal.
Com o desenvolvimento de apps e sites cada vez mais intuitivos, a satisfação rápida e eficiente de uma necessidade, seja ela de que domínio for, está hoje ao alcance de um simples clique, tornando a migração de clientes para o mercado online, uma realidade que, como se percebe pelos números, já é efetiva.
De acordo com estas mudanças, foram reunidas cinco tendências para o futuro do e-commerce.
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Principais Tendências no E-commerce em 2020
1 – Personalização, engajamento do cliente e comércio “verde”
Abrir uma loja online tem imensos prós, mas também alguns contras que devem ser tomados em atenção. Um deles é a falta de contato físico com o cliente. Isto pode, numa primeira fase, gerar alguma desconfiança e até receio em que quer adquirir online. Reproduzir a experiência do comércio no formato e-commerce é uma das grandes tendências desta área para o ano que agora se iniciou.
Empresas como a gigante Amazon utilizam os dados pessoais online (livremente e conscientemente fornecidos) como consultas de pesquisas, visitas a páginas e histórico de compras para personalizar a experiencia de compra e atender da melhor forma as exigências dos seus clientes.
Dentro desta tendência, um outro aspeto a ter em conta são os e-mails personalizados. Dizem os dados que estes tipo de correio eletrónico gera seis vezes mais transações que um e-mail pró-forma enviado em massa para potenciais clientes. Para além dos e-mails personalizados, conetar a sua loja online a um CRM – Customer Relationship Management, termo em inglês que pode ser traduzido como “Gestão de Relacionamento com o Cliente” traz-lhe ganhos a curto prazo. Criado para definir toda uma classe de sistemas de informações ou ferramentas que automatizam as funções de contato com o cliente, esta ferramenta permitirá que você utilize o comportamento de compra do cliente no seu website para personalizar o marketing, e-mails e campanhas de venda com desconto.
O mundo está cada vez mais desperto para os problemas ambientais e para as consequências que a manutenção do nosso estilo de vida poderá implicar num futuro próximo. Tornados na Figueira da Foz, incêndios seguidos de granizo e inundações na Austrália, temperaturas máximas recorde no Polo Norte, tudo isto tem soado como um “call to action” (chamada à ação) para aos habitantes deste condómino chamado Terra. Isto, como já todos podemos perceber pela publicidade das mais variadas marcas, teve uma consequência imediata na forma como se compra e se vende produtos a nível global.
Procura-se sustentabilidade e sustentabilidade é o que qualquer comerciante tem que disponibilizar, quer na compra do bem em si mesmo, como na forma como ele lhe chega. Apostar em produtos amigos do meio ambiente e em formas mais ecológicas de fazer chegar o produto ao cliente, tornará a sua loja online mais apelativa e conferir-lhe-á um maior valor acrescentado. Para se ter uma ideia do que falamos, um estudo relativo às preferências dos clientes norte-americanos em matéria de e-commerce revelou que 87% dos inquiridos estariam mais susceptíveis a comprar um produto de uma loja que assentasse bases num paradigma ambientalmente sustentável.
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2 – Automatização
A automatização também terá um papel importante: partindo de dados obtidos em diferentes momentos de interação com o consumidor, oferece maior eficiência nos processos. Permite, por exemplo, categorizar os clientes em função do valor das suas compras ou canal de aquisição, além de reportar os pedidos com maior procura, gerir produtos e inventários e, ainda, reclamações.
A automatização tem e terá um impacto essencial na experiência de compra dos clientes.
Igualmente importante, a completa e profunda integração dos vários canais, no caso de uma loja online estar ligada a uma loja física, estará na ordem do ano 2020. O omnichannel, é este o termo que traduz esta interligação, tem tendência a ganhar mais força durante este ano dada a procura do consumidor por uma experiencia unificada entre todos os canais de uma dada empresa no sentido de uma maior comodidade e conveniência.
3 – Métodos de pagamento mais simplificados
Os processos de pagamento em plataformas online traduzem-se por uma maior simplicidade e até invisibilidade. A ideia é que um cliente possa, por exemplo, gerir o pagamento de uma compra realizada numa loja física já depois de ter deixado o local, recorrendo a uma aplicação móvel.
Este novo cenário leva ao aparecimento de novas ferramentas, plataformas e fornecedores, impulsionados pelas fintechs. Estas tecnológicas financeiras têm provado ser mais ágeis do que os bancos tradicionais, desenvolvendo soluções assentes em blockchain, criptomoedas ou inteligência artificial, entre outros.
Falamos de novas ferramentas e plataformas, mas há um protagonista que está à espera de voltar à ribalta. Essa estrela do passado é o QR Code. De acordo com um estudo do GlobalWebIndex, 40% dos utilizadores de Internet de todo o mundo, especialmente jovens, usam o scan QR Code do seu smartphone numa base mensal para pagarem compras online. Esta tendência assume contornos particularmente fascinantes na China, com este método a ser, já hoje, o preferido no pagamento de bens e serviços online.
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4 – Realidade Virtual, Inteligência Artificial e Voice Shopping
Chatbots e inteligência artificial dizem-lhe alguma coisa? Provavelmente, estes dois conceitos foram projetados para aprimorar a experiência geral de compra de um cliente. Por exemplo, os chatbots podem atender a várias necessidades de atendimento ao cliente, desde responder perguntas sobre um produto até discutir uma reclamação. Os chatbots e a inteligência artificial também aprendem com as conversas do cliente e evoluem para melhor ajudar na experiência de comércio eletrónico personalizada.
Recentemente, a realidade aumentada e realidade virtual tem ganhado popularidade e estão a emergir como tendências no marketing. No sentido de evitar que perguntas como “será que este produto é original?” ou “necessito mesmo disto?” surjam no momento da aquisição, a interatividade entre cliente e produto/serviço numa loja online deve ser exponenciada. Queremos ver o produto, senti-lo, segurá-lo em nossas mãos e remover todos os sentimentos de dúvida antes de comprar. Realidade virtual, imagens 3D e realidade aumentada, entre outras mais, são algumas das ferramentas que se vão tornar paradigma no display dos produtos nos sites de e-commerce para o ano de 2020.
Tomemos por exemplo a marca de calçado desportivo Converse. A tecnologia de visualização interativa de produtos disponibilizada pela marca proporciona uma experiência tangível na loja dando ao potencial cliente a possibilidade de criar o seu próprio design ao girar, virar e aplicar zoom na sapatilha/ténis que pretende comprar.
Compras imersivas e a 360 graus que só, ainda, não nos permitem cheirar o produto.
Cheirar ainda não dá, mas se apenas com um comando de voz pudesse definir os parâmetros do produto que deseja adquirir numa loja online? Bom, já é possível e surge como uma tendência de que se espera um crescimento exponencial em 2020. Através de aplicações similares à Amazon Alexa, as lojas permitem que o cliente (desde que possuidor de um “smart speaker-microfone inteligente”) possa encontrar definir os parâmetros do artigo que quer adquirir mediante uma pesquisa por intermédio da voz.
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5 – Autogestão e Dropshipping
A autogestão é e será também uma tendência de peso, sobretudo devido a tecnologias que facilitam a integração entre canais, serviços e reconhecimento do cliente. Tudo para que possa existir uma interação entre o consumidor e a marca, independentemente do momento e ponto de contacto. O objetivo é consolidar e ligar os registos dispersos que possam existir sobre a mesma pessoa, com origem em diferentes sistemas, criando identidades únicas e experiências unificadas.
Ao já de si inovador conceito e-commerce, juntou-se há pouco tempo um outro que leva mais longe o paradigma das vendas online: o dropshipping. O sistema Dropshipping permite que vários negócios online usem o stock de terceiros para efetuar as suas vendas, comercializando produtos que não passam fisicamente por si. Ao utilizar este sistema, a loja online vende o produto e envia a ordem da transação para o fornecedor.
Este, por seu turno, faz o envio direto do produto em nome da loja para o cliente final. A loja online dropshipping é assim intermediária neste processo, sendo responsável pela exposição e divulgação do produto, transferindo toda a gestão do stock e envio para o fornecedor com a margem de lucro a resultar da diferença entre o valor cobrado pelo fornecedor e o preço anunciado pela loja aos clientes no seu site.
Conclusões
Em suma, em 2020 é esperado um aumento do número de produtos, categorias de produtos e aumento dos gastos por compra por parte dos compradores online tal como um maior uso de cartões virtuais.
A Unibanco tem várias soluções para acompanhar as tendências com total segurança, pois possui um conjunto de seguros que abrangem diversas áreas tão diversas como a saúde, o lazer ou a proteção financeira.
Estes seguros, selecionados no mercado como os mais competitivos e adequados aos interesses específicos dos Clientes Unibanco, podem ser de adesão facultativa ou de adesão automática bastando para tal ser titular de um determinado cartão ou solução de crédito Unibanco.
Os cartões de crédito Unibanco tais como a simplicidade associada a compras/pagamentos de serviços com toda a segurança. Com o cartão de crédito Unibanco pode efetuar o pagamento das suas contas e beneficiar até 50 dias de crédito sem juros, o que possibilita efetuar uma gestão mais eficaz do seu dinheiro e estender o prazo de pagamento de algumas compras.
Os clientes ainda poderão encontrar mais vantagem nos cartões de crédito Unibanco, como a gestão de pagamentos flexível para clientes de qualquer banco, descontos, 20 a 50 dias de crédito sem juros, homebanking e ainda, proteção em caso de roubo, perda ou extravio do cartão.