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LibreLink – Aplicação para ler glicose já disponível

Se é diabético provavelmente já ouviu alguns rumores sobre o sistema de controlo de glicose chamado FreeStyle Libre. Já lá vão alguns anos, desde que comecei a utilizar o FreeStyle Libre, com a facilidade de poder ler a glicose a qualquer momento, sem precisar de picar o dedo e que, na altura, era algo que tanto desejava.

Mesmo que as leituras não sejam totalmente compatíveis com as dos medidores tradicionais, o que mais me importa é mantê-las dentro da zona desejada (no meu caso, definida entre 60 e 160 mg/dl).

 

diabetes glicose aplicação

Imagem de stanias por Pixabay

 

O fato de poder sair de casa sem ter de levar o glicometro, a caneta de picar o dedo, as lancetas, as tiras de glicose e as toalhitas, é uma enorme liberdade. Especialmente para os homens, que não utilizamos malas, e que por isso temos de conseguir guardar tudo nos bolsos. Ou então “alugar” a mala da esposa que nem sempre nos acompanha.

O melhor do mundo seria não precisar de levar nem sequer o leitor dos diabetes. A boa notícia é que isso já é possível, desde que se tenha um telemóvel com NFC (Near Field Communication).

Atualmente, a tecnologia NFC está presente na maioria dos modelos de telemóveis de média gama. O meu Huawei P20 já com vários anos, possui esse recurso que, até recentemente, nunca tinha sido usado. Hoje, muitas das vezes opto por deixar o leitor do Libre em casa e utilizar apenas o telemóvel para ler a glicose.

No entanto, não basta apenas um telemóvel com NFC, é também necessário uma aplicação que consiga ler o sensor do Libre, interpretar as informações, e apresentá-las de forma amigável.

 

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Imagem de LibreLink

 

Sim, já existe uma aplicação oficial, homologada pela Abbott, chamada LibreLink. Felizmente, passados alguns anos em que só estava disponível noutros países, passou agora a estar também disponível em Portugal.

No passado tive de entrar em contacto com a Abbott para tentar saber a data da disponibilização da aplicação em Portugal. Ou seja, tivemos de aguardar algum tempo para termos acesso à aplicação “oficial”.

A vantagem de usarmos a aplicação oficial é que temos a certeza de que foi testada pela Abbott. Portanto, fornece informações seguras, utilizando provavelmente os mesmos algoritmos de correção/estatísticas que existem no leitor oficial.

 

Como funciona o sistema Libre da Abbott

Um medidor de glicose mede os seus níveis de açúcar no sangue sem ter que picar o dedo. De acordo com a Abbott, que é a empresa que produz e comercializa o produto, o seu sistema de leitura é rápido, fácil e indolor.

Mas, afinal de contas, o que é e como funciona o leitor de níveis de diabetes que não precisa de picar o dedo? É preciso utilizá-lo juntamente como uma bomba de insulina? Será que é uma coisa que sinto constantemente no corpo? Tenho que o utilizar sempre? Custa cinco mil euros?

Talvez esteja a pensar em experimentar o FreeStyle Libre, mas antes de avançar, por favor leia este artigo até ao fim para perceber todo o sistema. Para isso vou tentar descrever a minha experiência com o dispositivo médico. Sou um diabético com 44 anos, diagnosticado à cerca de 10 anos e que já utilizo o sistema FreeStyle Libre há mais de 5 anos.

 

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Medidor de glicose FreeStyle Libre + 2 chips/sensores FreeStyle Libre

O que é o sistema FreeStyle Libre?

Vamos então começar com uma breve explicação do que é o FreeStyle Libre. Basicamente, é um método diferente de medir os níveis de glicose no sangue. Os diabéticos normalmente fazem isso picando o dedo para recolherem um pouco de sangue que testam com um medidor de glicose.

Com o sistema FreeStyle Libre isso deixa de ser necessário. Em vez disso, coloca na sua pele um pequeno chip pegajoso que é um sensor de glicose. Normalmente é colocado num local que funciona muito bem e que é na parte de trás do braço. A parte de baixo deste sensor contém uma pequena agulha que entra na nossa pele. Esta pequena agulha regista continuamente os nossos níveis de glicose no sangue, guardado-os dentro do sensor por até oito horas.

Desta forma, os diabéticos já não precisam mais de passar pelo processo de picada no dedo sempre que querem medir os seus níveis de açúcar no sangue. Com este novo sensor da Abboott não posso dizer que nunca senti a agulha quando se coloca no braço. Mas muito sinceramente não se compara com a dor de picar os dedos varias vezes ao dia. Quando coloca o sensor no braço, sente um pequeno desconforto que passa ao fim de alguns segundos.

 

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chip ou sensor FreeStyle Libre

 

Os níveis de glicose no sangue, registados pelo sensor, podem ser transmitidos sem fios para os equipamentos compatíveis, como o medidor de glicose FreeStyle Libre, segurando-o acima do sensor. Ou então para uma aplicação móvel que tenha instalada num telemóvel com o sistema NFC.

 

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Verificação do nível de glicose no sangue com o medidor de glicose FreeStyle Libre e chip/sensor

 

O equipamento mostra-nos não só, o nosso atual nível de glicose no sangue como também, os registos anteriores através de um gráfico. A Abbott Diabetes tem uma aplicação para que pode utilizar no seu telemóvel com Android ou iOS. Para mim, esta é a melhor característica deste sistema de medição de glicose.

Isto porque agora consigo medir os níveis de glicose no meu sangue passando simplesmente o meu telemóvel por cima do sensor e ele abre automaticamente a aplicação FreeStyle Librelinkpara mostrar os resultados. Assim já não preciso de andar com o medidor de glicose no bolso porque o meu telemóvel funciona prefeitamente como leitor.

 

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Aplicação FreeStyle Librelink, mostra os resultados depois de os ler com um smartphone compatível

 

Eu realmente não gostava de andar com todas estas coisas dos diabéticos. Aliás, o pior de tudo é que na maioria das vezes esquecia-me de as levar comigo. Por isso, para mim esta mudança teve um enorme impacto na minha qualidade de vida e fez-me sentir livre novamente.

Talvez o que menos bom tem este sistema é que cada sensor funciona apenas duas semanas e depois disso deixa automaticamente de funcionar e tem de o substituir por um novo.

Quando comecei a utilizar estes sensores, já lá vão cerca de 5 anos, e nessa altura não eram nada baratos, custavam cerca de 50 Euros. Felizmente, neste momento já podem ser prescritos pelo seu médico e paga apenas cerca de 7 euros porque passaram a ser comparticipados pelo Estado português.

A tecnologia foi considerada útil por causa dos benefícios a curto, médio e longo prazo para a saúde dos diabéticos. Os resultados dessas investigações determinaram que estes sensores são elegíveis para serem comparticipados pelo Estado.

No entanto, só alguns diabéticos em Portugal é que podem usufruir deste sensor da Abbott anunciou porque, normalmente só é prescrito pelos médicos a criança e a diabéticos que injetam insulina.

Como utilizar o sensor do LibreLink

Pode até parecer um processo complicado, mas colocar o sensor no corpo, é bastante fácil e consegue-se fazer em menos de um minuto. O sensor vem numa pequena caixa de papelão amarela e contém dois componentes, um manual de instruções e algumas toalhinhas desinfetantes com álcool (atualização: deixaram de incluir).

 

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À esquerda, o sensor e o aplicador do sensor. À direita, a embalagem do medidor de glicose.

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Esquerda: sensor aplicador , direita: sensor (contido numa espécie de copo).

 

Antes de colocar o sensor na sua pele, escolha um ponto no seu corpo, de preferência com pouca gordura, isto porque a minúscula agulha precisa de ter acesso ao sangue. Normalmente coloca-se na parte de trás do braço, mas há pessoas que preferem, por exemplo, coxas.

A Abbott recomenda colocar o sensor no braço. Eu pessoalmente prefiro ir alternando entre os dois braços, colocando na parte de trás. Sobretudo de verão, costumo colocar o sensor um pouco acima do limite das mangas da t-shirt, para não ser muito visível. Além disso, é uma zona que facilita a leitura com o telemóvel.

Depois de escolhida a zona, basta esfregá-la com uma pequena toalhita de alcool para desinfetar e garantir que a pele esteja limpa. Em seguida tem de retirar o sensor do seu recipiente com o aplicador, para isso basta seguir as instruções que encontra no manual que acompanha o sensor. Finalmente é só colocar o seu sensor pressionando firmemente o aplicador.

Agora que o sensor já está ligado ao seu corpo, poderá emparelhá-lo com o equipamento que deseja utilizar para fazer as leituras. Infelizmente, só pode utilizar um equipamento de cada vez,por isso tem de escolher ou o seu medidor de glicose, ou o seu smartphone.

Depois da primeira leitura, ele irá iniciar e precisa de 60 minutos para conseguir terminar o processo de ligação. Depois de estar completamente ligado, o sensor fica pronto para ser utilizado e já poderá fazer as leituras de glicose que quiser.

Muito honestamente, a maioria das vezes que coloquei o sensor, e acredite que já foram muitas (pelo menos 100 vezes), não me doeram. É uma operação suave e muito rápida em que praticamente não se sente nenhuma dor. Além disso, nunca senti a sua presença física enquanto o utilizo. Não me lembro se no início senti algum desconforto nos primeiro dias, mas agora nem me lembro que o trago.

Também não deve ter medo de se magoar com o seu sensor por causa de atividade física ou outro comportamento mais energético. No entanto, há sempre o risco de o sensor caiar durante um contacto mais brusco. Já aconteceu comigo 1 ou 2 vezes quando não consegui impedir de bater numa parede. Mas não se preocupe se isso acontecer porque o filamento que está no seu corpo é tão pequeno que nem se vai aperceber que ele saiu. É como um adesivo a descolar-se do seu braço.

Claro que, assim que o sensor se descolar, irá parar imediatamente de funcionar, o que significa que terá de colocar um sensor novo. Portanto, tenha cuidado porque lhe pode ficar muito caro se os sensores caírem-lhe com frequência.

Mas, e se o sensor cair sem motivo aparente? Quando isso acontecer, pode tentar ligar para a Abbott Diabetes Care e apresentar uma reclamação. Eu já fiz isso pelo menos duas vezes, e eles enviaram-me um novo sensor imediatamente. Mas duvido que eles continuem a trocar-lhe os sensores se constantemente eles-lhe caírem.

Algumas pessoas queixam-se de uma pequena inflamação na pele, mas comigo, isso só aconteceu uma vez. Mas se isso acontecer consigo, felizmente existem algumas soluções para esse problema que podem, por exemplo, ajudar durante a sua atividade física. Uma delas é a Skin tac que é uma cola semelhante à aplicada pela toalhinha desinfetante com álcool. Depois de aplicada, rapidamente se torna muito pegajosa para garantir que o sensor realmente se adere à sua pele.

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Outra opção é um elástico chamado Librefix que mantém o sensor no seu lugar se o estiver a utilizar no braço. Eu não tenho nenhum, mas ando à procura de um para as minhas caminhadas. Este e muitos outros acessórios para os sensores e FreeStyle Libre podem ser encontrados neste site: https://www.freestylesticker.de/en/shop/ .

 

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Elástico Librefix

Aplicação LibreLink do FreeStyle Libre

Vamos agora perceber mais um pouco como funciona a aplicação LibreLink. A aplicação já foi lançado alguns meses para iOS mas, já está disponível para Android há mais tempo. Com a utilização, sinto que a aplicação ainda tem muito potencial contando atualmente com os seguintes recursos:

 

  • Verificar os seus níveis de glicose no sangue
  • Definir notas após uma verificação
  • Consultar os registos anteriores da glicose
  • Definir alarmes e lembretes pessoais

 

Com base nos registos dos últimos 7, 14, 30 e 90 dias, a aplicação também tem relatórios e gráficos sobre:

 

  • A tendência diária da glicose no sangue
  • O tempo dentro dos níveis alvo de glicose no sangue
  • A hipoglicemia ao longo do dia
  • Os seus níveis médios de glicose no sangue durante o dia
  • Um gráfico diário dos seus níveis exatos de glicose no sangue por dia
  • A sua Hba1c estimada
  • Algumas estatísticas sobre a sua utilização do sensor

 

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Aplicação LibreLink na Appstore

 

Pessoalmente, sinto que há espaço para melhorias porque os gráficos ainda não são muito interativos, por exemplo, com funções de zoom ou então a possibilidade de mostrar várias estatísticas num único gráfico. Ou seja, a aplicação podia ser um pouco mais lúdica.

Além disso, talvez ajudasse os diabéticos a manterem os seus níveis de glicose estáveis se a Abbott implementasse alguma forma de gamificação onde eles pudessem participar, por exemplo, em jogos ou competições online, ou offline com os seus níveis de glicose no sangue.

Talvez até se pudessem criar parcerias que premiassem os diabéticos com níveis de açúcar no sangue estáveis. Acho que isso poderia estimular os diabéticos, especialmente as crianças, a manterem os bons níveis de glicose no sangue. Nem que fosse simplesmente pelo facto de tornar mais divertida a utilização da aplicação e com isso fazer que fosse utilizada com mais frequência.

Por último, mas não menos importante, seria o facto de a aplicação poder verificar logo a glicose do sange mal colocamos o sensor no corpo, sem termos de esperar os 60 minutos até o conseguirmos fazer. No geral, tirando estes pequenos pormenores, a aplicação funciona sem dúvida como o pretendido.

Para todos aqueles que pretendem melhorar a sua experiência com este novo sistema de medição de glicose no sangue, existe uma aplicação chamada LibreLinkUp. Permite que outras pessoas acompanhem as suas leituras de glicose no sangue como, por exemplo, os seus pais ou o próprio médico. Pode ser muito útil, especialmente no caso das crianças mais pequenas com pais mais preocupados.

 

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Aplicação LibreLinkUp na Appstore

 

Vantagens e desvantagens do LibreLink

Antes de continuar a recomendar que experimente o FreeStyle Libre, se for diabético claro, criei uma pequena lista com vantagens e desvantagens que mostro a seguir:

 

Vantagens:

  • Fácil e rápido de colocar na pele, sem instruções complicadas
  • O sensor é pequeno, fácil de esconder e segura-se muito bem
  • Além da leitura não é necessária mais nenhuma interação adicional com o sensor
  • O sensor é absolutamente impermeável , pode ser utilizado no banhou ou a nadar
  • Normalmente o sensor não dá comichão nem dói, mas pode diferir para algumas pessoas com condições específicas de pele ou alergias
  • O mais importante de tudo é que já não temos de andar com os medidores tradicionais

 

Desvantagens:

  • As leituras nem sempre são 100% precisas
  • Os sensores podem sair e, quando isso acontece, ficam inutilizados
  • Muito caros e a comparticipação é apenas para alguns grupos de diabéticos
  • Por vezes, os prazos de entrega são muito longos devido à escassez
  • Só funciona durante duas semanas
  • A disponibilidade global é limitada

Quais as aplicações alternativas ao LibreLink

Para quem procura uma aplicação alternativa porque a versão do sistema Android do seu telemóvel não é compatível ou então não tem a tecnologia NFC saiba que existe uma solução. Há algumas aplicações alternativas desenvolvidas por terceiros. São soluções que conseguem ler os sensores do Libre, e que podem ser utilizadas em alternativa à aplicação oficial.

No entanto, essas aplicações de terceiros não são homologados pela Abbott. Ou seja, apenas fazem a leitura do sensor e apresentam a informação, sem qualquer tipo de “inteligência” ou correção dos dados. Por outras palavras, a informação apresentada é a que foi lida diretamente do sensor. Portanto, pode divergir da informação apresentada pelo leitor oficial do Libre.

 

 

Aplicação GLIMP

 

Glimp – Apps no Google Play

 

O Glimp é uma aplicação bastante completa! Além de fazer a leitura dos dados do sensor do Libre, também permite que insira manualmente outros valores. Pode, por exemplo, inserir os carboidratos ingeridos, unidades de insulina aplicadas, calorias, medições realizadas com os glicometros tradicionais, etc. Pode até, quando administra a sua dose de insulina, indicar em que região do corpo ela foi aplicada.

Aliás, a aplicação pode controlar as regiões do corpo e dedos, sugerindo-lhe qual o dedo que deve ser picado, ou qual o local onde deve injetar insulina. Por isso a aplicação pode ser utilizada até mesmo por diabéticos que não estejam a utilizar o FreeStyle Libre!

Também tem uma calculadora de viagem, onde ao informar quantos dias ficará fora, faz uma estimativa de quanta insulina, agulhas, etc. precisa de levar. Essas estimativas são baseadas nos dados recolhidos e inseridos no decorrer da atualização da aplicação.

O Glimp fornece lembretes importantes, por exemplo, quanto tempo resta para o sensor do Libre expirar, quanta insulina ainda resta nas suas canetas, etc.

Obviamente, para que algumas dessas informações sejam confiáveis, é necessário disciplinar-se e informar a aplicação sempre que tomar uma dose de insulina, etc. Também tem disponível uma calculadora de calorias e carboidratos.

Por último, o Glimp está integrado com o Dropbox, portanto, os logs podem ser partilhados automaticamente entre vários equipamentos nos quais tenha o Glimp e o Dropbox instalado (telemóveis, tablets, etc).

Interessante também é o facto que o Glimp poder ser usado até mesmo para ler sensores expirados! Mas isso não é recomendado, pois a precisão de um sensor expirado já está comprometida.

 

Aplicação LIAPP

 

Liapp (only for Libre 1) para Android - APK Baixar

 

O Liapp é uma aplicação muito mais simples do que o Glimp, mas às vezes a simplicidade não é exatamente o que procuramos! É o ideal para quem quer apenas uma aplicação que leia o sensor do Libre e apresente o valor da glicemia.

De facto, ela faz isso de forma simples e direta, sem gráficos complicados, etc. Por isso a aplicação Liapp deve ser a indicado para si!

Basta passar o telemóvel sobre o sensor para recolher as medições das últimas 8 horas, e apresentar o valor da glicose naquele momento, e também um gráfico das últimas medições, ficando muito fácil de detetar a “tendência” da glicose. Há também um log com os valores das medições anteriores.

 

Posso então deixar o leitor do Libre de lado e utilizar apenas a aplicação?

Bem, a aplicação LibreLink já está disponível em Portugal, por isso a resposta é sim! Afinal, a aplicação foi testada pela Abbott. Mas, se ainda assim, não conseguir utilizar a aplicação da Abbott, por utilizar algumas aplicações de terceiros que não têm qualquer tipo de relação com a Abbott.

Como ela não divulga publicamente o formato dos dados lidos nos sensores. Os criadores dessas aplicações “não oficiais” tiveram que desvendar o formato, e nada garante que essa interpretação seja 100% perfeita.

No meu caso em concreto, dependendo de onde vou e de cada situação, às vezes sinto-me confortável em não levar o leitor do Libre, e utilizo apenas o telemóvel com o Liapp ou o Glimp para ler a glicose.

No entanto, na maioria das vezes, levo também o leitor oficial. Enfim, a escolha é sua, o importante é entender os riscos.

 

Alguns telemóveis podem danificar o sensor Libre

Sim, é verdade, alguns modelos de telemóveis podem eventualmente danificar os sensores de glicose da Abbot. A prova disso é que na página do Glimp existe um aviso de que alguns telemóveis podem danificar o sensor do Libre:

ATTENTION: devices Huawei Nexus 6P, Samsung Galxy Core Prime, Samsung Galaxy Young and Samsung Galaxy J5 may break Libre sensor. If you have one of these models please don’t use Glimp for reading sensors!

Por isso é melhor utilizar a aplicação oficial se os eu telemóvel está nesta lista. Além disso recomendamos que inicialize o seu sensor com a aplicação oficial ou com o leitor da Abbott e não com aplicações de terceiros que o podem inutilizar.

 

YouTube video

 

Conclusões

Claro que posso recomendar a todos os diabéticos que experimentem o FreeStyle Libre se o puderem comprar ou se estiverem no grupo de possíveis utilizadores com comparticipação prevista pelo estado.

Com este novo sistema, consegui não só uma maior liberdade porque já não tenho de andar com um leitor, como também indiretamente melhorou drasticamente a minha Hba1c e a minha glicemia média. Basicamente porque consigo verificar os meus níveis de glicose no sangue com muito mais frequência.

Além disso, a facilidade de acesso a estatísticas, motivou-me a regular a minha insulina com mais frequência, tornando-se para mim como se fosse um jogo em que tenho de cumprir objetivos para conseguir alcançar um prémio.

Por último, mas não menos importante, se é diabético e se pensa utilizar o FreeStyle Libre, não deixe que o fato de ter de colocar uma coisa no seu corpo o assuste e o demova de experimentar. Preocupe-se com o seu bem-estar físico e comporte-se como uma pessoa madura.

Sim, esta nova tecnologia, parece-me que é um passo muito grande na forma como as pessoas, nomeadamente os diabéticos, lidam com a sua doença. Espero que este artigo ajude outras pessoas a decidirem utilizar este sensor que tanto me tem ajudado a mim.

 

Qualquer dúvida por favor deixe um comentário…

 

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António Almeida

Licenciado em engenharia Informático e Telecomunicações, mestre em Sistemas e Tecnologias de Informação e doutorando em Informática é um apaixonado por todo o tipo de tecnologia. Apostava na troca de informações e acaba de criar uma rede de informáticos especialistas interessados em tecnologia.

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