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Como testar a segurança do computador – 5 ferramentas

Muito provavelmente, além de ter um programa antivírus para proteger o seu sistema, também tem uma firewall ativada, o seu navegador de internet está atualizado e não perde nenhuma atualização de segurança do sistema operativo. Mas como consegue ter certeza de que a suas defesas funcionam realmente como aquilo que espera?

 

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De facto, é importante testar e garantir que todas as suas defesas estejam configuradas e a funcionar corretamente, mas isso não lhe irá garantir que o seu antivírus detetará todos os vírus que apareçam. Lembramos que todos os dias há novos vírus, por isso, vale a pena ficar atento a tudo aquilo em que clica ou descarrega da internet.

Existem algumas técnicas e ferramentas que pode utilizar para conseguir avaliar o nível de segurança do seu equipamento. Essas ferramentas também podem ser particularmente úteis se estiver a tentar determinar o nível de segurança do computador de outra pessoa. Com elas conseguirá descobrir quanto software vulnerável o computador tem instalado.

Claro que essas ferramentas não irão conseguir descobrir se está ou não 100% seguro. Aliás, não há forma de garantir que o seu antivírus deteta todos os vírus já que já foram criados ou vão surgir. Basicamente porque infelizmente não existe nenhum antivírus que seja perfeito. Ou seja, não há como garantir que não será vítima de phishing ou de outro ataque de engenharia social. No entanto, estas ferramentas vão certamente ajudar a testar algumas das suas defesas mais importantes e garantir que elas estejam minimamente prontas para um ataque.

Por isso se está preocupado se o seu software antivírus é seguro e eficaz tente testá-lo com algumas das ferramentas que descrevemos neste artigo. Irão ajudá-lo a perceber a qualidade do seu software antivírus, para não ter de corrigir alguma coisa, mas já seja tarde demais.

Na verdade, existem algumas formas seguras de testar o seu antivírus para conseguir garantir que funciona corretamente. Mostramos-lhe a seguir as principais razões para o fazer e como pode utilizar estas técnicas para se assegurar que está minimamente seguro.

 

Porque testar o software antivírus?

A principal razão pela qual as pessoas devem testar o seu software antivírus é verificar se ele funciona corretamente ou não. Basicamente, os programas antivírus funcionam verificando os ficheiros à medida que eles chegam ao equipamento e bloqueiam e apagam aqueles que fazem parte da sua base de dados relacionada com ameaças. Portanto, a única maneira de saber com certeza que o seu antivírus funciona corretamente é testando-o com uma potencial ameaça para descobrir qual é a sua capacidade de resposta.

Claro que não recomendamos que aceda a sites potencialmente perigosos para descobrir como o seu computador consegue lidar com essas ameaças. Isso seria o mesmo que querer testar um colete à prova de balas entrando num campo de batalha em que é utilizada munição real. Existem formas seguras de um utilizador conseguir testar o seu software antivírus que podem ser utilizadas para verificar se realmente está em segurança quando navega na internet ou abre um ficheiro que lhe entregaram numa Pen-Drive.

No entanto, nem todos os utilizadores querem apenas testar a qualidade do seu programa antivírus. Por vezes, alguns utilizadores, normalmente mais técnicos, precisam de testar software em ambientes específicos, sob certas regras e condições. Por isso, é que são importantes estes testes, já que são uma ótima maneira de confirmar aquilo que muitas vezes passa despercebido.

 

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Quem precisa de testar o software antivírus?

Alguns dos utilizadores que precisam de testar software antivírus são por, por exemplo, os analistas informáticos ou os técnicos especialistas que recebem regularmente pedidos de investigação sobre sistemas de proteção. Nesse caso é muito habitual receberem amostras de ficheiros que supostamente contêm vírus e malware. Alguns desses pedidos são fáceis de atender porque vêm de colegas investigadores que normalmente se conhecem e em quem se confia. Nesse caso, basta utilizar um sistema de encriptação forte para conseguir enviar esse tipo de ficheiros através da Internet sem qualquer tipo de risco.

No entanto, existem outras situações em que os ficheiros maliciosos são enviados por pessoas desconhecidas na maioria das vezes mal intencionadas. Mesmo que seja uma coisa consentida por ambas as partes existem relativamente poucas leis, apesar de alguns países já as terem, que impedem a troca segura de vírus entre utilizadores. De qualquer forma, é no mínimo irresponsável da parte de qualquer utilizador, disponibilizar um vírus que tenha a qualquer pessoa que lho peça.

Também existe um grupo de pessoas que precisam de testar software antivírus são, por exemplo, os próprios desenvolvedores desse tipo de ferramentas. Podem eventualmente pedir aos seus clientes para lhes enviarem cópias dos ficheiros infetados para tentarem investigar a ameaça para conseguirem melhorar o seu programa antivírus para defenderem os seus utilizadores.

Também existe um grupo de utilizadores que têm como função testar os sistemas de seguranças das infraestruturas dos sistemas de informação. Basicamente procuram algumas formas para conseguirem verificar se a implementação dos sistemas de segurança foi ou não feita corretamente. Para isso geram deliberadamente um “incidente de vírus” para testarem os seus procedimentos corporativos, ou para reportarem a superiores o que aconteceria se a organização fosse vítima de um ataque cibernético.

 

É seguro testar o software antivírus?

Com as ferramentas que descrevemos neste artigo não terá qualquer problema em testar os seus sistemas de segurança porque são completamente inofensivas. No entanto, existem casos em que se justifica a utilização de ameaças reais que podem prejudicar os seus sistemas e a sua informação.

Claro que existe uma justificação valida para se testar o software antivírus contra vírus reais. Por exemplo, se estivermos a falar de um fornecedor de antivírus que faz isso antes de por no mercado um novo produto, para garantir que realmente funciona.

No entanto, nunca se devem realizar testes com ameaças reais num ambiente de produção basicamente porque isso não é seguro. Deve utilizar-se sempre um ambiente de laboratório que seja seguro, controlado e independente para que a ameaça que vais testar não infete os seus sistemas de trabalho.

A utilização de vírus reais para realizar testes no mundo real é como pegar fogo ao balde do lixo do seu escritório para ver se o detetor de incêndios funciona. Concordamos que é um teste que lhe dará resultados muito precisos, mas correrá riscos desnecessários e será, no mínimo, uma situação desagradável.

Nunca se deve correr o risco de enviar vírus reais mesmo que isso seja para fins de teste ou demonstração. Por isso, o ideal é ter um ficheiro que possa ser enviado com segurança e que não represente nenhuma ameaça para os sistemas de informação. Que consiga ativar o software antivírus de forma a ele reagir como se fosse realmente um vírus.

Se o seu ficheiro de teste for um programa, deve ser capaz de produzir resultados relevantes quando é executado. Além disso, o seu ficheiro de teste deve ser curto e simples, para que os utilizadores possam descarregá-lo facilmente.

A boa notícia é que esses ficheiros de teste já existem e foram o resultado do trabalho de vários investigadores de antivírus que os criaram para que os seus produtos os detetem como sendo potencialmente perigosos.

A utilização deste tipo de ficheiros simplifica as coisas aos utilizadores porque no passado a maioria dos fornecedores tinha os seus próprios ficheiros de teste pseudo-virais aos quais o seu produto reagiria, mas que os outros produtos concorrentes ignorariam. Mostramos-lhe a seguir alguns desses sistemas de teste que pode utilizar para perceber se está realmente seguro ou não.

 

1 – Como testar o programa antivírus

Talvez estivesse à espera disso, mas não vamos recomendar que faça o download de um vírus para testar o seu programa antivírus, porque isso seria uma receita para o desastre. Se quiser realmente testar o seu software antivírus, pode utilizar, por exemplo, o ficheiro de teste EICAR. Trata-se de um ficheiro que na realidade não é um vírus, mas sim um ficheiro de texto que contem uma sequência de código inofensivo que se for executado aparece no DOS o texto “EICAR-STANDARD-ANTIVIRUS-TEST-FILE!”. No entanto, é uma boa forma de testar o antivírus porque praticamente todos os programas são concebidos para reconhecerem o ficheiro EICAR como uma ameaça e por isso respondem-lhe da mesma forma que responderiam a um vírus real.

 

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Ou seja, pode utilizar o ficheiro EICAR não só para testar em tempo real o sistema de busca do seu antivírus e garantir que ele deteta os novos vírus, como também para testar outros tipos de sistemas de proteção. Por exemplo, se estiver a utilizar um programa antivírus num servidor de correio eletrónico e quiser testar se está a funcionando corretamente, poderá enviar o ficheiro EICAR por e-mail e assim irá garantir que ele será detetado e movido para a quarentena ou até mesmo eliminado.

Pode descarregar o ficheiro de teste EICAR no site da EICAR. No entanto, também pode criar o seu próprio ficheiro de teste EICAR, basta para isso abrir um editor de texto como o bloco de notas, copiar e colar o seguinte texto para o ficheiro e guardá-lo:

 

X5O!P%@AP[4\PZX54(P^)7CC)7}$EICAR-STANDARD-ANTIVIRUS-TEST-FILE!$H+H*

 

O seu programa antivírus deve reagir como se tivesse acabado de criar um vírus real.

 

Arquivo de teste EICAR colocado em quarentena pelo Microsoft Defender.

 

Se não aparecer nenhum alerta do programa antivírus é melhor perceber se realmente o programa está ativo e atualizado.

De facto, o ficheiro EICAR é uma forma fantástica de conseguir verificar se o seu antivírus está a funcionar. É um ficheiro que não é malicioso e que contém apenas uma sequência específica de texto. Por ser apenas um ficheiro de texto com uma string de 68 bytes, não pode nunca causar danos ao seu computador.

Pode descarregá-lo da internet com toda a segurança e depois copiá-lo e distribuí-lo pela sua rede sem qualquer tipo de risco. Se o seu antivírus não o conseguir detetar, o pior que pode acontecer é que terá um novo documento de texto inútil no seu ambiente de trabalho.

Se está curioso ou desconfiado pode sempre ler mais sobre a forma como ele funciona na página oficial do ficheiro EICAR.

Se não quiser criar nenhum ficheiro pode sempre fazer um teste básico, descarregando o ficheiro já pronto do site oficial eicar. Ou então, o método mais simples será copiar para o campo URL do seu navegador o endereço “eicar.com.txt” (sem aspas).

Se preferir uma coisa um pouco mais robusta, pode descarregar o ficheiro “eicar_com.zip” para testar a deteção do vírus dentro de um ficheiro ZIP ou então o “eicarcom2.zip” para testar a deteção de vírus dentro de um ficheiro ZIP que está dentro de um ficheiro ZIP. Além disso, também pode tentar descarregar o ficheiro por HTTPS para garantir que o seu antivírus também verifica esse tipo de ligações seguras.

Lembre-se sempre que apesar do seu antivírus detetar o ficheiro como uma ameaça grave para o seu computador, nada mais é do que um simples ficheiro de texto com uma string. Não entre em pânico quando o alarme disparar porque isso só quer dizer que tudo funciona conforme o esperado.

Pelos e-mails que recebemos no Informatico.pt percebemos que em alguns casos é difícil conseguir apagar o ficheiro de teste do seu computador. Isso acontece sobretudo porque o seu antivírus acredita que se trata de um ficheiro infetado com vírus e bloqueia o seu acesso a tudo e a todos. Nesses casos não adianta pedir ajuda ao criador do ficheiro porque irá obter uma resposta a sugerir que contacte o fabricante do seu software antivírus.

Além desta ferramenta também pode utilizar o site wicar.org que foi desenvolvido para testar o correto funcionamento do seu software antivírus/antimalware. Na verdade, o nome “WICAR” teve origem no ficheiro de teste EICAR que se tornou num padrão da indústria.

 

Descarregar: ficheiro EICAR (Grátis)

 

2 – Como testar a proteção contra roubo de dados

Infelizmente, o ficheiro EICAR não é capaz de testar a capacidade que o antivírus tem em conseguir identificar uma ameaça porque é apenas um ficheiro que todos os antivírus detetam como sendo uma ameaça. Ou seja, não consegue perceber se de facto for um ficheiro malicioso que tentou fazer o download e executar ações maliciosas no seu computador para recolher os seus dados.

 

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Por isso é que existe uma ferramenta de teste chamada SpyShelter que é uma ótima forma de conseguir perceber se realmente o seu sistema de segurança deteta as ameaças ou não. Basicamente é um sistema que regista dados e monitoriza aquilo que digita no teclado, a utilização da webcam e a área de transferência do seu computador. Ou seja, nada é feito sem que apareça na sua barra de dados que vai recolhendo tudo, sendo uma forma benigna de perceber e registar o que é executado no seu computador.

Na verdade, pode descarregar a ferramenta para descobrir se o seu computador deteta as ameaças ou então utilize-a para perceber que tipo de tarefas consegue executar sem que o seu antivírus o avise. Este programa é se duvida uma excelente ferramenta para conseguir verificar de que forma o seu sistema de segurança lida com os programas maliciosos reais e não apenas com um ficheiro fictício.

 

Descarregar: SpyShelter Security Test Tool (Grátis)

 

3 – Como testar a segurança contra Malware

As últimas duas ferramentas são muito úteis para testar ameaças em particular, mas pode sempre querer testar a forma como o seu sistema de segurança reage a um ataque cibernético.

A empresa AMTSO tem uma ótima seleção de testes que pode realizar ao seu programa de segurança que são uma boa forma de verificar se existem falhas na sua proteção. Como nas soluções anteriores, também esta é 100% confiável porque cada “ataque” que executar é inofensivo para o seu equipamento. Ou seja, não precisa de se preocupar porque não irão prejudicar nem o software, nem o hardware do seu computador.

Os testes foram desenvolvidos pela AMTSO (Anti-Malware Testing Standards Organization) que é uma organização internacional suportada por empresas de tecnologia, sem fins lucrativos, que pretende testar continuadamente as plataformas e ferramentas de cibersegurança de forma a melhorar do setor.

 

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A utilização destes testes é inofensiva para o computador, e o seu objetivo é apenas testar a ferramenta de segurança anti-malware. Ou seja, a sua ferramenta de proteção contra malware deve ser capaz de bloquear e de o alertar para as ameaças fictícias sempre que realizar alguns dos seus testes.

Basicamente, a ferramenta possui um conjunto de sistemas de teste para ameaças drive-by, deteção de sites de phishing e segurança de aplicações potencialmente perigosas. No Informatico.pt, recomendamos que experimente cada uma dessas opções para descobrir onde é que o seu sistema de segurança está a falhar e assim o poder corrigir antes que alguma coisa real o possa comprometer.

Aliás, o melhor de tudo é que se a ferramenta detetar uma falha, o site mostra-lhe com o consegue corrigir. Basta para isso que depois de executar um teste que tenha apresentado uma falha, role a página do site para baixo e clique no nome do provedor de segurança que está a utilizar no seu sistema. Depois disso deverá ser redirecionado para uma página que o ajudará a resolver a falha de segurança do seu sistema de proteção.

 

Testar o Download de Malware

Verifica se a sua ferramenta de segurança bloqueia o processo ou o alerta para o possível download de um malware. Ou seja, o seu programa antivírus não deverá permitir o download do ficheiro do link a seguir.

 

  • Clique aqui para testar
  • Clique aqui para página oficial AMTSO

 

Testar o download de aplicações indesejadas

Verifica se a sua ferramenta de segurança bloqueia o processo ou o alerta para o possível download de um programa potencialmente perigoso ou indesejado. Ou seja, o seu programa antivírus não deverá permitir o download do ficheiro do link a seguir.

 

  • Clique aqui para testar
  • Clique aqui para página oficial AMTSO

 

Testar o download de malware compactado

Atualmente, os criminosos contornam os programas antivírus e outros sistemas de segurança, ocultando o seu código malicioso com diferentes tipos de ficheiros e técnicas de compressão. Infelizmente, a maioria das soluções de segurança de rede são normalmente enganadas por esta técnica porque não podem analisar um ficheiro compactado. Há vários formatos de compactação legítimos, normalmente utilizados no dia a dia ​e facilmente abertos pelos utilizadores finais nos seus sistemas operativos.

É por isso importante verificar se a sua ferramenta de segurança bloqueia o processo ou o alerta para o possível download de um malware compactado num ficheiro ZIP, CAB ou RAR. Ou seja, o seu programa antivírus não deverá permitir o download do ficheiro do link a seguir.

 

  • Clique aqui para testar em formato ZIP
  • Clique aqui para testar em formato CAB
  • Clique aqui para testar em formato RAR
  • Clique aqui para página oficial AMTSO para testar outros formatos

 

Além disso, também pode utilizar as ferramentas de teste que encontra no site FortiGuard para ter a certeza que os ficheiros infetados que tenham sido compactados não prejudicaram o seu sistema.

 

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Testar o download de malware direcionado

Verifica se a sua ferramenta de segurança bloqueia o processo ou o alerta para o possível download direcionado de malwares, através da técnica drive-by download, em que o atacante se aproveita de sites legítimos para injetar scripts nocivos e infetados, enganando o utilizador. Ou seja, ao clicar nos links a seguir abrirá uma página e iniciar um download, mas se tudo correr bem o seu antivírus deve impedir o processo.

 

  • Clique aqui para testar
  • Clique aqui para página oficial AMTSO

 

Testar o acesso a páginas de pishing

Verifica se a sua ferramenta de segurança bloqueia o processo ou o alerta para as páginas falsas de sites legítimos, como bancos, redes sociais. Ou seja, o seu programa antivírus não deverá permitir o acesso à página do link a seguir.

 

  • Clique aqui para testar

 

Testar as ferramenta baseadas na nuvem

Verifica se a ferramenta de segurança está configurada em conformidade com as melhores práticas do setor e utiliza recursos baseados na nuvem. Ou seja, o acesso à página do link abaixo deverá ser bloqueado pelo antivírus.

 

  • Clique aqui para testar
  • Clique aqui para página oficial AMTSO

 

Se precisar de saber mais sobre estas ferramentas e como elas funcionam para ficar mais descansado relativamente à segurança do seu equipamento pode aceder aos site oficial da AMTSO.

 

4 – Como testar a proteção contra Ransomware

São cada vez mais comuns as notícias sobre problemas relacionados com ataques de malware e problemas de privacidade. Todos os dias nos chegam ao Informatico.pt clientes com problemas com vírus no computador, worms e outras formas de malware que infetaram as suas vidas pessoais e profissionais.

Um dos tipos de malware que criou os maiores problemas nos últimos anos é o ransomware. É por isso essencial que os utilizadores saibam como podem testar a sua proteção contra ransomware para tornarem a utilização do seu computador ainda mais segura.

É importante perceber como um simulador de ransomware ou um script de simulação de ransomware funcionam para os utilizadores terem uma ideia do impacto que essa ameaça pode ter nos seus computadores e mais concretamente nos seus dados. Esse conhecimento capacita-os para poderem escolher a melhor forma de conseguirem proteger os seus equipamentos.

 

O que é um ataque de Ransomware?

Ransomware é um termo normalmente utilizado para nos referirmos a um software malicioso que rouba o acesso aos nossos dados que estão armazenados num sistema informático. Nestes ataques, os hackers normalmente pedem uma certa quantia de dinheiro como resgate para poder reaver os seus dados. Muitas vezes, esta infeção resulta na perda total dos seus dados ou mesmo, em alguns casos, na perda do acesso a todo o sistema informático. Depois que os ficheiros comprometidos são encriptados, os utilizadores precisam de ter os programas de desencriptação criados pelos hackers para conseguirem reaver os seus dados. No Informatico.pt recomendamos sempre aos utilizadores que foram vítimas deste ataque que não devem pagar o resgate porque dar dinheiro aos hackers só lhe irá criar problemas maiores no futuro.

Não é de estranhar que as pessoas fiquem curiosas sobre a forma como podem testar a sua proteção contra estes ataques de ransomware. Muitas delas descarregam simuladores de ransomware ou scripts para tentarem descobrir se os seus computadores podem ou não ser afetados por esta ameaça tão assustadora. Estes simuladores dão-lhes uma ideia dos tipos de ficheiros que podem ser encriptados e que têm guardados no seu computador.

Mas, mais importante do que saber como testar a proteção contra ransomware, é que os utilizadores estejam conscientes dos seus perigos. O simulador de ransomware disponível online pode ser um guia útil para os utilizadores perceberem qual é o impacto real que um ataque de ransomware pode ter nos seus equipamentos.

Como os computadores são utilizados para o armazenamento dos nossos dados pessoais, um ataque de ransomware pode significar que perderemos fotografias, vídeos, documentos e outros ficheiros pertinentes que temos nos nossos computadores desde que os compramos. Além disso, um ataque de ransomware pode significar que esses nossos ficheiros e informações particulares e pessoais podem chegar às mãos de pessoas desconhecidas. Os hackers conseguem aceder às nossas fotografias de família, registos financeiros ou até mesmo ficheiros íntimos que temos eventualmente guardados nos nossos equipamentos.

 

Como funciona o teste de conta ransomware

Dados os perigos relacionados com o ransomware, é importante percebermos como podemos testar a nossa proteção contra um ataque desses. Provavelmente, a primeira coisa que pensamos é em comprar o melhor sistema de proteção que existe no mercado. Mas é importante termos a certeza daquilo que queremos de forma a garantirmos que o nosso dinheiro não é desperdiçado.

Uma forma de descobrir se uma proteção contra ransomware é ou não eficaz é utilizando um site independente que verifique essa mesma ferramenta. Outra forma é pesquisar pelo histórico da empresa de segurança cibernética a quem pretendemos adquirir o novo sistema de proteção. Certifique-se sempre de que está a comprar uma ferramenta que seja desenvolvida por uma empresa confiável.

O importante mesmo é descobrir quão vulnerável está a sua rede e os seus equipamentos contra os ataques de ransomware. Os criminosos estão constantemente a lançar novas versões de ransomware para evitarem a sua deteção. Por isso é importante que a sua rede seja eficaz no bloqueio de ransomware quando os seus funcionários são vitimas de ataques de engenharia social.

 

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O Ransomware Simulator “RanSim” da KnowBe4 oferece-nos uma visão rápida sobre a eficácia da nossa proteção de rede contra estes ataques. O RanSim simulará 10 cenários de infeção por ransomware e mostrar-lhe-á um relatório sobre os postos de trabalho que estão vulneráveis à esta infeção.

Este sistema de simulação é 100% inofensivo e não terá as mesmas consequências de uma infeção real por ransomware. No entanto, não deverá utilizar nenhum dos seus próprios ficheiros. Com este sistema conseguirá testar até 10 tipos de ataques diferentes e basta descarregar a aplicação e executá-la.

 

Site: KnowBe4

 

5 – Como testar a vulnerabilidade da sua rede?

Sabia que mesmo sem o seu conhecimento ou a sua permissão explícita, a tecnologia de rede do Windows que liga o seu computador à Internet pode estar a publicar alguns ou todos os dados do seu equipamento ao mundo inteiro neste exato momento? Muitos endereços IP de ligação à Internet estão associados ao nome específico de uma máquina, chama-se a essa tecnologia de DNS.

Os sistemas de “DNS reverso”, permitem que o nome da máquina seja recuperado a partir do endereço IP. Isto pode ter implicações em termos de privacidade e aumentar a nossa preocupação relativamente à segurança enquanto navegamos na Internet. Basicamente porque é possível identificar a nossa conta na Internet e, portanto, esta tecnologia pode revelar informações, como a nossa localização geográfica.

Além disso, os hackers vasculham constantemente a Internet à procura de portas abertas. Se encontrarem alguma, estabelecem uma ligação com o computador de destino e instalam software malicioso para causarem estragos aos sistemas ou roubarem informação. Felizmente, existe uma forma de testar se a suas portas estão ou não seguras utilizando a ferramenta online chamada ShieldsUP.

É muito fácil utilizar a ferramenta porque basta clicar no botão “Proceed” que aprece na página do seu criador. O site tentará aceder ao seu router enviando vários pedidos de informação. Se a sua segurança for boa, o site não irá conseguir receber nenhuma informação de reposta, isto porque a sua firewall foi capaz de bloquear esses pedidos fictícios.

 

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Muito provavelmente tem um router com o protocolo NAT que é utilizado para a conversão de endereço de rede. O seu router atua efetivamente como uma firewall, impedindo que outros computadores na Internet se liguem sem autorização aos equipamentos que estão dentro da sua rede.

Para conseguir garantir que o software do seu computador está protegido da Internet, quer seja através de um router NAT ou de uma firewall de software, caso o seu computador esteja ligado diretamente à Internet, pode utilizar esse sistema de teste. Basicamente, ele irá executar um teste a todas as portas do seu endereço IP, determinando se estão abertas ou fechadas.

O mais sensato é que a maioria das portas estejam fechadas para proteger os serviços potencialmente vulneráveis ​​da sua rede do faroeste que é a Internet.

 

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Aliás, o ideal mesmo é que o seu router nem responda aos pedidos de teste deste serviço porque nesse caso estará mais seguro contra os ataques dos criminosos.

 

Conclusões Finais:

Provavelmente já alguma vez na vida tentou descarregar software pirata de sites de torrents com cracks, como programas antivírus, jogos ou o Microsoft Office. O que talvez não sabia é que os hackers conhecem o motivo pelo qual descarrega um programa antivírus ilegal. O mais provável é que não tenha um software de segurança instalado e, portanto, está vulnerável. Ou seja, a melhor maneira de eles conseguirem infetar o seu computador é acrescentar a um antivírus ilegal um cavalo de Troia que passe despercebido a esse mesmo antivírus.

Mesmo que decida comprar um antivírus genuíno, às vezes pode ser tarde demais, porque o vírus já estará integrado no seu sistema operativo e desativará todos os novos sistemas de segurança que tentar instalar, tornando-os inúteis apesar de continuar a pensar que está bem protegido. Uma forma de descobrir se o seu antivírus está a funcionar é simular um ataque real, mas com um vírus “inofensivo”.

Ou seja, se quer saber se o seu sistema de segurança funciona bem o melhor mesmo será testá-lo com algumas das ferramentas do nosso artigo. Nenhuma destas ferramentas irá prejudicar o seu computador. Servem apenas para fornecer uma visão geral detalhada do que o seu antivírus consegue ou não fazer. Experimente alguns dos testes que mencionamos neste artigo e descubra como um hacker o pode atacar.

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Ao executar estas ferramentas de teste, tanto os utilizadores comuns como os administradores de redes conseguem minimamente garantir que os seus sistemas de segurança funcionam corretamente. Isso é possível sem terem de utilizar um vírus real que eventualmente poderia danificar o sistema caso o software antivírus não funcionasse como esperado.

Se conhece mais alguma técnica ou ferramenta de teste de sistemas de segurança informática, queira por favor deixar um comentário a seguir para a podermos incluir neste artigo e ajudar os restantes leitores a manterem os seus sistemas e dados em segurança.

 

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António Almeida

Licenciado em engenharia Informático e Telecomunicações, mestre em Sistemas e Tecnologias de Informação e doutorando em Informática é um apaixonado por todo o tipo de tecnologia. Apostava na troca de informações e acaba de criar uma rede de informáticos especialistas interessados em tecnologia.

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