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10 maneiras que os sites utilizam para violar a sua privacidade

Os métodos para controlar os utilizadores da Internet e os seus hábitos digitais estão a tornar-se cada vez mais sofisticados.

Os Cookies são a tecnologia mais conhecida, mas são apenas um dos métodos de controlo que os sites utilizam para recolherem informação.

O controlo e registo da utilização dos sites on-line é feito pelas organizações, empresas e sites. O seu principal objectivo é conseguir mais informação sobre os seus utilizadores. Dados úteis como por exemplo o seu tipo de comportamento e as suas preferências.

Essa percepção por parte das organizações serve para otimizar usabilidade e a experiência do seu visitante ou utilizador. Aliás, também serve para fins estatísticos, para personalização, para comércio e para criação de perfis de marketing direcionado.

 

Sim, mas os Websites querem mais do que apenas a sua atenção.

De facto, existem perigos para a sua privacidade à espreita em todos os cantos da Internet, embora nem todos os levem a sério. Aliás, infelizmente nunca deve sentir descansado quando navega na internet. Isto porque até as maiores empresas se rebaixam ao ponto de recolherem informações para depois utilizarem e ganharem dinheiro.

Quando visita praticamente qualquer site, a probabilidade é que a empresa que está por detrás desse site esteja a tentar conhecê-lo melhor. Normalmente, isso é para que possam mostrar uma publicidade mais relevante com base no que pesquisou e analisou no passado, uma técnica chamada de publicidade segmentada. Noutros casos, porém, estão simplesmente a recolher informação para vender a outras empresas e assim ganharem dinheiro.

 

Que dados é que os sites podem recolher sobre mim?

Quando um utilizador navega na internet, há muita informação que os sites podem recolher sobre ele:

  • as consultas do utilizador nos motores de busca
  • os sites que o utilizador visita
  • a frequência com que visita e retorna a um site
  • em que é que o utilizador clica
  • quanto tempo o utilizador demora em um site
  • a velocidade com que o utilizador faz scrool num site
  • onde é que o utilizador para
  • os movimentos do rato numa página da internet
  • os comentários e as reações que um utilizador adiciona a um site ou rede social
  • etc.

 

YouTube video

Analisamos 10 métodos específicos que os sites utilizam para extraírem informações dos seus dispositivos, normalmente sem o seu conhecimento ou consentimento. Muitos ainda querem acreditar que a Internet é anónima. Mas de facto, isso está muito longe da verdade. À medida que mais e mais organizações encontram maneiras de contornar as leis. São leis que os proíbem basicamente de recolherem o seu nome e endereço de email diretamente da sua aplicação de Contatos.

 

1. Acompanhando seu histórico de navegação

 

selective focus photography of lens Photo by Bernard Hermant on Unsplash

 

O mal acontece logo a partir do momento em que acede a um site, que pretende recolher os seus dados. Mesmo debaixo do seu nariz, esse site começa a registar o seu histórico de navegação e de pesquisa para depois analisar. Na maioria das vezes, como já referimos, essa informação é utilizada para marketing de produtos e serviços de acordo com o seu comportamento online.

De facto, se pensarmos bem, só isso já é bastante assustador. É por isso que recomendamos que utilize sempre que possível uma VPN. Aliás, alguns sites já nos permitem optar por não sermos controlados. No entanto, podemos garantir que esse recurso não é especialmente fácil de encontrar. Isto porque são raros os sites que o utilizam.

 

2. Super cookies

 

colorful cookies on tray Photo by sheri silver on Unsplash

 

Como sabem, um cookie acompanha as suas visitas e atividades quando visita um site. Um “super cookie” faz exatamente o mesmo mas guarda os dados fora da base de dados tradicional cookies. Ou seja, os Super Cookies recolhem os seus dados e guardam-nos em mais do que um local. Além disso, têm a capacidade de conseguirem reativar os cookies mais antigos que fez questão de eliminar.

Os sites utilizam esses super cookies para conseguirem controlar as rotinas mesmo dos utilizadores que são inteligentes o suficiente para eliminarem o seu histórico de navegação e cache. Conseguem isso por exemplo analisando os dados dos seus outros navegadores da Internet que tem instalados no seu computador. De facto, os super cookies são basicamente presentes envenenados.

 

3. Sincronização de cookies

 

blue UTP cord Photo by Jordan Harrison on Unsplash

Mesmo assim ainda está com dúvidas sobre o perigo dos Cookies? Sabia que alguns sites utilizam esquemas elaborados para identificar qual o dispositivo que está a utilizar. É um sistema inteligente que se chama de sincronização de cookies. Basicamente utiliza um processo complexo que permite às organizações partilharem as informações entre si. Conseguem com isso por exemplo agrupar os números de identificação que lhe atribuíram. De facto grupo de sites pode trabalhar em conjunto para utilizar os dados recolhidos de uma forma mais eficiente.

O pior de tudo é que nunca temos ideia que isso está a acontecer quando visitamos um site aparentemente inofensivo. O principal objetivo desses sites é sobretudo construir uma imagem exata dos seus hábitos e dos seus principais interesses de navegação. Com isso conseguem classificá-lo dentro de um perfil que depois podem utilizar para o bombardear com notícias e anúncios que de outra forma não receberia.

 

4. Identificação por código

 

man sitting in front of silver Apple iMac on table Photo by rafzin p on Unsplash

Muitos utilizadores acham que estão completamente anónimos quando utilizam a internet, até certo ponto sim. Mas o fato é que o seu nome real é irrelevante para as empresas de anúncios. Ou seja, eles referem-se a si como um número que lhe atribuíram internamente. Com esse número, podem determinar quanto é que você está disposto a gastar e em quê.

Nos Estados Unidos, a National Security Agency (NSA) pode utilizar esses identificadores que foram recolhidos pelas empresas de anúncios para selecionar as pessoas suspeitas por exemplo de um crime. Na verdade, esses novos algoritmos que eram utilizados apenas por terceiros para a recolha de dados já foram integrados no trabalho da NSA.

 

5. Vendem a sua informação pessoal

 

focus photography of person counting dollar banknotes Photo by Sharon McCutcheon on Unsplash

Sempre que compra alguma coisa numa loja online tem de fornecer o seu endereço de e-mail e/ou a sua morada. Só por causa disso já corre o risco de a empresa a quem deu essa informação vender os seus dados pessoais a empresas de anúncios publicitários. É por isso que às vezes recebe e-mails não solicitados no seu email de remetentes que nunca ouvi falar. Depois põe-se a pensar como é que essa empresa conseguiu essa informação. Agora já sabe, foi você que os deu a outra empresa para serem utilizado para outro fim.

De facto, as empresas maiores normalmente não se envolvem nessas práticas, porque têm uma reputação a proteger. No entanto, qualquer empresa é vulnerável a violações de dados. Quando acontecem não há como conseguir prever as consequências que podem advir dos seus dados serem tornados públicos.

 

6. Preços com base no dispositivo

 

preços dados pessoais Photo by Jonathan Kemper on Unsplash

 

Alguns estudos indicam que os preços dos produtos e dos serviços que procura na Internet podem aumentar ou diminuir dependendo do dispositivo que está a utilizar para fazer compras on-line. Em 2012, por exemplo, surgiu a notícia que o site de viagens Orbitz estava a dar aos utilizadores de Mac mais opções de hotéis do que aqueles que procuravam com PCs. Parece estranho mas é verdade. Aliás até nos parece bastante presunçoso, já que por exemplo um PC Gamming pode custar tanto ou mais que um Mac.

 

7. Scripts de controlo Redes sociais

 

person holding black iphone 4 Photo by Christopher Ott on Unsplash

 

Quando utiliza uma rede social como o Facebook ou o Twitter, concorda em permitir que essas empresas façam praticamente o que quiserem com os seus dados pessoais. Aliás, se não sabe, fica a saber que isso inclui dados recolhidos pelos scripts de controlo que existem fora das próprias redes sociais. Por exemplo, no caso dos sites que têm o ícone do Facebook ‘Like’ incorporado. De facto, o Facebook pode guardar um cookie nesse site para registar o seu estado de login.

A empresa pode utilizar as informações recolhidas para o identificar e assim utilizar depois os seus algoritmos para o classificar de forma a mostrar-lhe apenas anúncios relacionados com os sites que visita.

 

8. Impressão digital do navegador

person hands with green paint Photo by Bernard Hermant on Unsplash

Talvez não esteja a utilizar a sua impressão digital para utilizar o Google Chrome, o Firefox ou o Opera, mas isso também não importa. Isto porque a configuração do seu navegador é tão exclusiva quanto a falta de complexidade do padrão da sua impressão digital. Ou seja, a versão que está a utilizar, juntamente com os plug-ins instalados, facilitam a identificação de quem você é.

Num processo chamado de impressão digital do navegador, as empresas utilizam esses dados como a sua resolução de ecrã, as fontes instaladas, o fuso horário e muito mais, para conseguirem recolher informações e saber mais sobre si. Mas se tiver desativado os cookies para evitar essa usurpação de identidade deixa de ter um recurso que o ajuda a tornar o seu navegador mais personalizado.

 

9. Dados do utilizador do navegador

 

man using MacBook White Photo by Thomas William on Unsplash

 

Sempre que acede a um site, o navegador encaminha uma linha de texto que identifica o seu navegador e o seu sistema operativo. Sim, essas informações também podem ser utilizadas para depois lhe serem enviados anúncios segmentados. Basicamente, o seu navegador diz ao site se está a utilizar o Safari num dispositivo iOS, o Chrome no Windows 10 e assim por diante.

Utilizando essas informações, um website pode determinar se deve adaptar os seus anúncios a um dispositivo móvel ou a um computador fixo. Além disso essa informação também pode ser utilizada para mostrar mensagens como “Por favor, atualize o seu navegador”. Aparecem sobretudo aqueles utilizadores que ainda estão agarrados ao Internet Explorer.

 

10. Referenciador HTTP

 

person using laptop Photo by John Schnobrich on Unsplash

 

Não, não precisa de nos corrigir queremos mesmo dizer de propósito “Referenciador HTTP”. É um termo que descreve o cabeçalho que guarda os detalhes de onde você veio quando foi redirecionado de outro site. Portanto, se está a navegar no Informatico.pt e clica num anúncio de banner, o referenciador HTTP guarda o fato de que ter visitado o Informatico.pt.

Ou seja, o tal “Referenciador HTTP” pode ser enviado para o novo site. A partir daí, os administradores ou os algoritmos podem deduzir duas coisas sobre si, onde esteve e onde está agora. E curiosamente esta informação pode ser utilizada para… Sim, adivinhou, mostrar-lhe anúncios ainda mais direcionados que nunca pedir para ver.

 

Conclusões

Sim, é verdade os sites recolhem informações pessoais e essas informações chegam a terceiros. Por isso precisamos ter cuidado com o tipo de informação que utilizamos nos vários sites que visitamos. A visita a determinados sites exige que tenha mais cuidados e reveja as suas necessidades de privacidade. De facto, isso é a coisa mais acertada que deve começar por fazer, consciencializar-se de que a Internet não é um lugar onde pode passear anonimamente. É possível que alguns dos seus sites mais favoritos estejam a monitorizar a sua atividade online. Acredite ou não, esses sites saberão quem é com base apenas na última vez que os visitou. Basicamente esses sites acompanham as suas visitas sobretudo para fins de publicidade. Por isso tentarão sempre descobrir sempre o máximo de informação sobre aquilo que pesquisou on-line.

Tabela de Conteúdo

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António Almeida

Licenciado em engenharia Informático e Telecomunicações, mestre em Sistemas e Tecnologias de Informação e doutorando em Informática é um apaixonado por todo o tipo de tecnologia. Apostava na troca de informações e acaba de criar uma rede de informáticos especialistas interessados em tecnologia.

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